Raio-x do sono: 29,1% da população de Campinas dorme mal e taxa é maior entre idosos, aponta Unicamp

  • 18/03/2025
(Foto: Reprodução)
Segundo pesquisa, 37,8% dos idosos relatam ter sono ruim. Entre as principais reclamações, estão a dificuldade para começar a dormir, se manter no sono e o despertar precoce. Pesquisa aponta que 29,1% da população de Campinas dorme mal e taxa é maior entre idosos Reprodução EPTV Uma pesquisa da Unicamp aponta que 29,1% da população de Campinas (SP) dorme mal, e a taxa salta para 37,8% entre os idosos. Entre as principais reclamações para essa faixa etária, estão a dificuldade para começar a dormir e o despertar precoce. Confira abaixo. 📲 Participe do canal do g1 Campinas no WhatsApp Os dados foram coletados através do Inquérito de Saúde de Base Populacional (ISACamp), feito pela Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), e foram disponibilizados na inauguração do Núcleo do Sono da universidade na última sexta-feira (14). Idosos relatam mais dificuldades para dormir Ainda segundo a pesquisa, a prevalência do sono autoavaliado como ruim aumenta de acordo com o envelhecimento. Além dos 37,8% dos idosos que classificaram o próprio sono como ruim, 27,8% dos adultos têm o mesmo relato, número que cai para 15,6% entre os adolescentes. Prevalência de sono autoavaliado como ruim: em 15,6% dos adolescentes 27,8% dos adultos 37,8% dos idosos As dificuldades para começar a dormir ou permanecer dormindo são maiores entre as relatadas pelos idosos. Já os adolescentes reclamam mais de não acordar dispostos e continuarem com sono durante o dia. Ainda não há certeza em relação às causas para essas diferenças no sono entre as faixas etárias, segundo a neurologista Tânia Marchiori, especialista em sono. Segundo a médica, existe uma tendência a dormir menos conforme se envelhece. "O que nós não sabemos exatamente é se o idoso dormir um pouco menos do que um adulto mais jovem, se isso é normal ou se é por conta de vários problemas, que chamamos de comorbidades, que o idoso tem", explica. "A gente fala que a criança e o adolescente estão em período de desenvolvimento, de crescimento. Tanto que na criança pequena tem uma fase do sono, que é a fase N3 do sono não-REM, que a gente chama de sono de ondas lentas. É a fase mais profunda e mais reparadora que a gente tem do nosso sono. Ela acontece proporcionalmente no sono da criança, mais do que ela acontece no sono de um adulto. Curiosamente, é bem nessa fase do sono que a gente produz o hormônio do crescimento. Então, talvez isso justifique também, biologicamente, ter um sono mais longo na criança, no jovem, do que num adulto mais velho e no idoso", afirma Marchiori. Outros fatores A prevalência do sono ruim também foi mais alta nos seguintes grupos: mulheres pessoas com idade entre 40 e 50 anos migrantes pessoas sem ocupação no momento da pesquisa pessoas fisicamente inativas em contexto de lazer com transtorno mental com maior número de problemas de saúde com saúde autoavaliada como ruim nos que manifestam insatisfação com a vida O que é dormir bem? De acordo com a neurologista, para dormir bem é preciso que o paciente tenha um sono com as seguintes características: de boa duração de acordo com a necessidade e a faixa etária; contínuo, que não seja fragmentado por problemas como o calor, barulho ou doenças do sono; rítmico, que se repita com regularidade, iniciando e terminando nos mesmos horários diariamente. VÍDEOS: tudo sobre Campinas e Região Veja mais notícias da região no g1 Campinas

FONTE: https://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/noticia/2025/03/18/raio-x-do-sono-291percent-da-populacao-de-campinas-dorme-mal-e-taxa-e-maior-entre-idosos-aponta-unicamp.ghtml


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