Corpo de estudante encontrada morta em SP é sepultado: 'tiraram a vida de uma sonhadora', diz mãe de jovem
19/04/2025
(Foto: Reprodução) Bruna Oliveira da Silva desapareceu no domingo (13) após chegar à estação Itaquera, na Zona Leste. O corpo foi encontrado com marcas de agressão na quinta-feira (17). A polícia busca imagens de câmera de segurança para auxiliar na identificação do autor do crime. Simone da Silva é amparada por familiares durante velório da filha
Reprodução/TV Globo
Sob forte comoção e aplausos, o corpo da estudante Bruna Oliveira da Silva — encontrada morta nos fundos de um estacionamento na quinta-feira (17) — foi sepultado na manhã deste sábado (19) no Cemitério Vila Carmosina, na Zona Lete de São Paulo.
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Dezenas de familiares e amigos compareceram à cerimônia, que foi rápida e durou menos de duas horas. Em estado de choque, a mãe da jovem, Simone da Silva, carregou uma rosa-branca durante o cortejo fúnebre.
"Fizeram uma maldade muito grande com a minha filha. Tiraram a vida de uma sonhadora, de uma menina boa, de uma menina que nunca fez mal para ninguém. Eu só quero justiça. Não vai tirar a minha dor, mas pelo menos vão pegar quem fez isso com a minha filha. Porque se ficar solto, vai tirar a vida de outras filhas e eu não quero essa dor para mãe nenhuma", disse Simone.
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Mãe de um menino de 7 anos, Bruna tinha 28 anos, fazia mestrado na USP em Mudança Social e Participação Política e era feminista.
A estudante havia desaparecido a caminho de casa, no último domingo (13), após descer da estação Corinthians-Itaquera. (Leia mais abaixo.)
Bruna Oliveira da Silva deixa um filho
Reprodução
Desaparecimento
Segundo a família, Bruna passou o fim de semana na casa do namorado no Butantã, bairro localizado na Zona Oeste da capital paulista.
Na volta para casa no domingo à noite, a estudante pegou o metrô e se deslocou até a estação Corinthians-Itaquera da linha 3-Vermelha, na Zona Leste.
Enquanto isso, o pai de Bruna estava com o neto em casa, esperando a estudante chegar para que ele pudesse ir trabalhar.
Quando chegou à estação, a estudante ligou para mãe, informando que havia perdido o ônibus e que estava com pouca bateria no celular. Ela chegou a carregar por alguns minutos o aparelho em uma banca de jornal.
Segundo Simone, a distância entre o metrô e a casa da filha é 10 minutos a pé ou 5 minutos de carro. Como já estava tarde, ela combinou que iria pegar um carro por aplicativo, após receber uma transferência via Pix da família. No entanto, Bruna nunca voltou para casa.
"Eu falei com ela às 22h20. O último contato de visualização que ela tem no celular é às 22h30. A pessoa que pegou ela, pegou em menos de 5 minutos depois que falei com a minha filha", afirmou Simone.
Bruna falou com a família pela última vez no domingo à noite
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O pai de Bruna ainda contou que desistiu de trabalhar para ficar com o neto e esperar a filha chegar. Ele acabou dormindo e percebeu que a filha não havia retornado para casa no dia seguinte.
Então, a família registrou um boletim de ocorrência de desaparecimento e deu início às buscas pela estudante.
Somente na tarde de quinta-feira (17) o corpo de Bruna foi encontrado com marcas de agressão num estacionamento na Avenida Miguel Ignácio Curi, região da Vila Carmosina.
A família compareceu ao Instituto Médico Legal (IML) nesta sexta e realizou o reconhecimento do corpo por meio das tatuagens da jovem.
Até o momento, não há informações sobre possíveis suspeitos ou a causa da morte. O caso está sendo investigado pelo Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP).
"As investigações estão em andamento visando o total esclarecimento dos fatos", informou a Secretaria da Segurança Pública em nota.
Corpo de estudante que desapareceu após sair da estação Itaquera é encontrado com marcas de agressão em SP
