Como lucrar revendendo roupas: veja dicas para escolher o público, comprar boas peças e controlar os custos como sacoleira
19/04/2025
(Foto: Reprodução) Série 'Cada Centavo Conta', do SP1, traz dicas valiosas para empreendedores. Veja os segredos de sacoleiras experientes para lucrar com a venda de roupas. Cada Centavo Conta para os sacoleiros e sacoleiras
Revender roupas compradas no comércio popular pode ser uma ótima forma de ganhar dinheiro — e muita gente já faz disso um verdadeiro negócio. Mas para o lucro chegar no fim do mês, é preciso estratégia, organização e, principalmente, saber gastar bem cada centavo.
O g1 compartilha abaixo dicas de especialistas e sacoleiras para quem quer começar ou crescer nesse mercado.
📺 Esta matéria faz parte da série "Vale Cada Centavo" do SP1, com dicas para quem quer transformar ideias em empreendimentos (veja no vídeo acima e confira lista da série mais abaixo).
🛍️👚 Comece escolhendo um público
Moda praia, infantil, fitness, social, plus size, balada: as opções são muitas. E é aí que mora o primeiro erro de quem está começando — tentar vender “de tudo, pra todo mundo”.
Escolha um nicho para você apostar e se especialize nele
Comece comprando algumas opções, avalie e só depois expanda seu negócio
🛍️👚Antes de sair comprando, saiba por quanto você vai vender
Muita gente vai direto para as lojas achando que é só achar a peça mais barata. Mas o ideal é fazer o caminho inverso: primeiro, entender quanto aquele tipo de peça é vendido na sua região.
A ex-sacoleira Tyane Aline, que hoje dá consultoria para quem trabalha na área, explica:
“As pessoas muitas vezes fazem o contrário: pesquisam quanto elas podem pagar primeiro. Na verdade, veja por quanto as pessoas estão vendendo aquele produto para que você tenha uma noção. Depois disso, você olha para quanto você tem que pagar para conseguir vender naquele preço. A partir disso, você pode começar a procurar os melhores fornecedores".
Só depois de saber esse valor máximo, vá em busca de fornecedores e pechinchas.
🛍️👚Onde comprar: atacadistas e fabricantes são os melhores caminhos
O Brás e o Bom Retiro, em São Paulo, são os principais centros de compras para os sacoleiros. Lá, é possível encontrar de tudo — com muita diferença de preço entre uma loja e outra.
Faça um roteiro com as lojas que atendem seu público, comece pelos mais baratos e evite andar sem rumo — isso economiza tempo, dinheiro e sola de sapato.
🛍️👚 Melhor dia e hora para comprar: de madrugada, no começo da semana
Parece estranho, mas os melhores horários para comprar são mesmo de madrugada — principalmente de domingo para segunda, segunda para terça e terça para quarta.
É nesses dias que os fornecedores estão mais dispostos a negociar com os pequenos empreendedores.
🛍️👚 Pague no Pix sempre que puder
Pagar com cartão encarece a compra: a taxa da maquininha é repassada no preço. Já no dinheiro ou no Pix, é possível conseguir descontos melhores.
Por isso, pagar à vista pode ser uma boa moeda de troca na negociação.
"Na primeira compra, a gente costuma estar mais empolgado e corre o risco de gastar mais do que precisava. Se o fornecedor dá a oportunidade de parcelar e parcelamos em três vezes, tudo o que a gente vender no primeiro mês vira dinheiro limpo, que acaba sendo usado para outras compras, em vez de ser guardado para pagar as parcelas. Quatro meses depois, você pode estar com parcelas acumuladas — e isso vai se tornando uma bola de neve e é o que faz as sacoleiras quebrarem", explica Melise do Nascimento, consultora de negócios do Sebrae-SP.
🛍️👚Controle o estoque: peça parada é dinheiro parado
É comum sobrar peças no estoque — e isso pode virar um problema. Por isso, defina dois limites:
Qual o tempo máximo que uma peça pode ficar parada?
Qual o valor total que você aceita ter em estoque?
Se algo não estiver vendendo, faça promoção e desocupe o espaço. Mesmo que a peça tenha um lucro menor, ela precisa sair para que você possa girar o estoque e comprar novidades.
🛍️👚 Controle financeiro: separe contas da empresa e da casa
Misturar o dinheiro da venda com contas pessoais é um erro comum e perigoso. A dica é tratar o negócio como uma empresa — ainda que pequena. Cuidado com outra cilada frequente: vender fiado para parentes e amigos.
“Fazer o controle financeiro nos garante uma visão futura da contas que a gente está criando. Quando separamos o dinheiro do negócio do dinheiro pessoal, isso dá uma chance de conseguir pagar as contas e investir em mais produtos.”, afirma a consultora do Sebrae, Melise Nascimento.
"Olhe para você e acredite no seu potencial".
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